Fundadora da associação, a tabeliã do 1º Ofício de Justiça de Duque de Caxias, Maria Bárbara Toledo, contou sobre a sua relação com a adoção em entrevista à Anoreg/RJ
Uma vida movida a mudar completamente outras vidas, através do amor. Maria Bárbara Toledo é tabeliã do 1º Ofício de Justiça de Duque de Caxias. Além de tabeliã, Maria Bárbara é fundadora do Grupo de Apoio à Adoção Quintal da Casa de Ana, uma associação civil de caráter privado, beneficente e sem fins lucrativos que proporciona toda a assistência necessária para pessoas que desejam realizar uma adoção segura, com responsabilidade e principalmente, com muito amor.
Muito expressiva em suas redes sociais, seja na sua pessoal ou até mesmo nas do cartório, Maria Bárbara se mostra a favor da campanha de adoção e levanta a bandeira sobre o tema. Mas existe um motivo bastante especial para essa comoção. “Nós nos tornamos pai e mãe por adoção em agosto de 1997. Desde então minha atenção se voltou para esse universo”, explica a tabeliã.
Ela e o marido são pais de Ana Laura Toledo desde 1997. Maria Bárbara conta que no ano de 2000, e por força do seu marido, que era coordenador de atividades complementares e havia realizado uma semana de adoção em todos os campi da Universidade Estácio de Sá, o tema, então, se abriu para ela como uma cortina que se abre para dar início a um espetáculo prestes a começar.
“A partir deste momento eu conheci os Grupos de Apoio à Adoção e no mesmo ano começamos as atividades do Quintal da Casa de Ana, que ganhou personalidade jurídica no ano seguinte em 2001. O GAA – Grupo de Apoio à Adoção nos ajudou a vencer as dúvidas e medos naturais decorrentes da adoção, dando-nos o rumo certo no trato das questões específicas da adoção”, comenta ela.
Fundadora Do Quintal da Casa de Ana, que funciona há quase 20 anos e tem como lema “para cada criança uma família”, Maria Bárbara explica que entre as principais ações da ONG estão: informar e preparar reflexivamente os pretendentes à adoção para uma adoção legal, segura e para sempre; e apoiar as famílias adotivas na adaptação com a chegada dos filhos e na superação de eventuais questões de convivência, junto à extensão da família, como escola e demais atividades que envolvem o cotidiano de qualquer pessoa na sociedade. “O que houve foi uma ampliação do trabalho junto às escolas, aos abrigos e universidades, através da adoção: educando para cidadania, Apadrinhamento Afetivo, Escola de Famílias, Capacitação”, explica sobre o funcionamento da atuação da ONG.
Há também projetos dentro da própria ONG que estimulam o conhecimento, trazem conforto e geram segurança nas famílias que passam por processos de adoção. A associação promove reuniões mensais que são abertas ao público, oferece orientações por telefone ou e-mail; plantão diário de atendimento social, psicológico e jurídico; palestras, eventos, concursos em escolas e universidades no projeto Adoção: Educando para a cidadania; oferece a possibilidade do apadrinhamento afetivo; encontros com o Grupo Reflexivo para Pretendentes à Adoção; além dos projetos Núcleo de Adoção Tardia; Grupo Interativo para Pais Adotivos; Projeto Um Lar Para Todos; Escola de Famílias; Família Acolhedora; Adoção de Comunidade e Capacitar para aprimorar.
Sendo uma associação sem fins lucrativos, necessita de apoio financeiro para manter seus projetos em funcionamento, e com isso, continuar na luta para garantir o direito de que cada criança e adolescente possa viver em família.
Caso queira contribuir, a chave Pix do Quintal da Casa de Ana é:
CNPJ – 06.655.276/0001-94
Confira na íntegra a carta aberta da fundadora publicada quando o Quintal da Casa de Ana completou seus 10 anos de existência:
“Celebrar os 10 anos do QUINTAL DE ANA representa uma oportunidade ímpar para uma reflexão profunda do movimento da partida e aonde chegamos 10 anos depois. Vencemos muitos preconceitos, tivemos enfrentamentos e superamos obstáculos, houve momentos de desânimo, alegrias incontáveis nos fizeram perseverar até hoje.
Assim, o QUINTAL pode integrar o Movimento Nacional de Apoio à Adoção e contribuir substancialmente para o seu fortalecimento e divulgação da Nova Cultura da Adoção. Valeu a pena escrever essa história de 10 anos e contabilizar as conquistas alcançadas tanto em Niterói como no estado do Rio de Janeiro e também no Brasil.
O QUINTAL passou a ser uma grande família, se tornou referencia e pode disseminar a criação de novos Grupos de Apoio à Adoção. Lendo esse Balanço Social dos 10 anos, constatamos a importância do diálogo fecundo e das parcerias firmadas, formando uma grande teia, uma rede a serviço da defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
Os poderes constituídos têm despertado para a realidade do abandono e longa institucionalização no Brasil. A sociedade e a mídia falam mais abertamente sobre ADOÇÃO. Muitas crianças e adolescentes tem sido garantidos no seu direito de viver em família, em famílias de verdade! Assim, os 10 anos do QUINTAL estão justificados e sobra ânimo novo para os próximos 10!”
Fonte: Assessoria de comunicação – Anoreg/RJ